Resumo das apresentações:
Bibliotecas em Rede – Terras de Monsalude
A comunicação apresentará a Rede de Bibliotecas Terras de Monsalude, uma rede interconcelhia, que agrega as 8 bibliotecas dos concelhos de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande (3 de leitura pública e 5 escolares), bem como o Arquivo Municipal de Pedrógão Grande. Apresentar-se-á a origem da Rede, que surgiu a partir de um desafio da Rede de Bibliotecas Escolares, em 2016, os parceiros que a compõem e o respetivo processo de criação, desenvolvimento e funcionamento, até à atualidade. Tendo como missão: criar e desenvolver leitores, prestar serviços qualificados de informação e cultura, contribuindo para o desenvolvimento da comunidade, a Rede desenvolve várias ações, das quais se vai apresentar o projeto: Memórias das Terras de Monsalude, financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, através do Fundo de Apoio às Vítimas dos Incêndios de 2017 e que está a ser implementado desde 2018. Os objetivos principais deste projeto são a recolha, preservação e divulgação dos modos de vida e memórias das comunidades, num processo que envolve as bibliotecas públicas e o Arquivo Municipal de Pedrógão Grande, bem como as bibliotecas escolares, professores e alunos dos Agrupamentos de Escolas, promovendo a valorização da cultura local e o convívio intergeracional.
"Leitores do Património: Projeto de Intervenção Cultural e Educativo""
Leitores do Património surgiu com o intuito de aprofundar o contacto entre a Biblioteca Padre Manuel Antunes e as escolas do município, facilitando e promovendo, desde a infância, hábitos de leitura e participação ativa nas dinâmicas culturais.
Este projeto é dirigido a todos os alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico do Concelho da Sertã e pretende sensibilizar os mais jovens para o facto de que a leitura ultrapassa as fronteiras da página de um livro; ela acontece todos os dias na observação e interpretação do mundo que nos rodeia. Leitores do Património assenta numa ótica de intervenção lúdica e artística que visa justamente incentivar esta leitura, incentivar a “alfabetização cultural” das crianças, levando-as à compreensão do universo cultural e histórico em que estão inseridas. Pretende-se com este projeto, não só fomentar a valorização consciente do património local, como também a desenvolver a sensibilidade relativamente à importância da sua preservação e salvaguarda.
Cada turma, do 1.º ao 4.º ano (22 turmas), recebe mensalmente, quase sempre em contexto de sala de aula, uma sessão que incide num determinado aspecto do património local. Uma das sessões anuais é uma visita exploratória a um espaço de cariz artístico, com obras e contextos diversificados, com destaque a nível nacional.
"Potencialidades de um smartphone II – som e vídeo"
Todos nós carregamos uma ferramenta de enorme potencial multimédia no bolso!
Cada vez mais somos confrontados com a necessidade de produzir objetos multimédia: fotografias, pequenos vídeos, podcasts, apresentações, vlogs..
A nossa tendência natural é procurar adquirir equipamentos específicos para essas tarefas: máquinas fotográficas, câmaras de vídeo, gravadores de som...
Na verdade, um simples smartphone, mesmo de gama baixa, possui todos estes recursos.
A oficina pretende desenvolver competência na exploração dessas capacidades multimédia dos smartphones modernos com recurso a aplicações gratuitas e de uso comum.
Pretende ainda procurar, em conjunto, formas e processos em como essas valências podem ser exploradas pelos docentes nos diversos contextos de disciplinas/aulas.
Sempre que possível, as sessões contam com o envolvimento de pessoas da comunidade ou de entidades que possam complementar os conteúdos das sessões, num espírito de partilha de conhecimentos e de convívio intergeracional.
O projeto contempla ainda o envolvimento das famílias dos alunos. No final de cada sessão as crianças recebem uma ficha informativa dirigida aos encarregados de Educação, que inclui sugestões de leitura e atividades exploratórias sobre os conteúdos apresentados.
"Ser Colaborativo, Ser Cidadão Ativo"
As Redes potenciam o trabalho e permitem a partilha de recursos, de saberes e experiências que o mundo digital amplia, através de ferramentas colaborativas e interativas com disponibilidade 24/7. Nesta oficina serão apresentados e experimentados diversos recursos em linha, ferramentas, aplicações e repositórios (a título de exemplo: Lino-it; Symballo e Mindmeister...), que permitem o trabalho colaborativo em rede, a construção e a partilha de recursos. Estas ferramentas podem ser utilizadas em contexto de biblioteca, arquivo ou museu, bem como em contextos educativos, podendo ser meios interessantes a utilizar em ações de construção da cidadania ativa, nas comunidades educativas e locais.
"Proteger o que é nosso!": A Estratégia de Salvaguarda dos Arquivos Locais da RAA-DE.
A identidade local é apanágio das autarquias locais, especialmente num País onde os regionalismos teimam em não florescer. Para além do Estado, compete aos municípios a proteção do património cultural para que este possa ser fruído por todos nós, especialmente, pelos naturais ou residentes em cada concelho, até como forma de fortalecer os laços de pertença e a coesão social. A identidade não é um elemento acessório nas nossas sociedades, principalmente quando vastas zonas do território se desertificam em favor de uma litoralização altamente urbanizada que gera a cada ano novos desenraizados, gradualmente absortos na cultura de massas. Logo, perante uma crise demográfica acentuada, a Rede de Arquivos do Alentejo – Distrito de Évora (RAA-DE) compreendeu a necessidade de agir no terreno no sentido de identificar e salvaguardar os arquivos que podem ter maior potencial para a construção e manutenção da memória local. Por isso, elaborou uma “Estratégia de Salvaguarda do Património Arquivístico” ancorada em estratégias municipais, pois são os municípios que se interessam pela identidade local e que possuem atribuições legais no domínio da proteção do património cultural, inclusivamente, a prerrogativa da classificação de bens culturais como detentores de interesse municipal. Efetivamente, muitas das medidas de salvaguarda previstas nas várias "Estratégias" já vinham a ser colocadas em prática (veja-se o caso de Reguengos de Monsaraz), mas a dinâmica introduzida pelo trabalho em rede trouxe um novo fôlego, levando a que alguns municípios, mesmo ainda antes de terem terminada o documento da "Estratégia", estejam já a receber solicitações para recolherem, tratarem e disponibilizarem arquivos, como acontece com Estremoz e Évora. É esta a experiência que gostaríamos de partilhar convosco.
Palavras-chave:
Identidade local; salvaguarda; património arquivístico; Distrito de Évora; Rede de Arquivos.
"Como criar Sinergias entre museus de base local?"
A comunicação tem por base a criação e dinamização de uma ‘Rede de Museus de Base Local’, uma estrutura que fomente a articulação entre um conjunto de museus, com o mesmo perfil e características. Ambiciona-se que permita criar condições necessárias para trabalhar em forma de colaboração e cooperação, partilha e troca de informação, conhecimento e experiências. A criação da rede tem por base um conjunto de museus locais, de pequena dimensão, localizados em territórios onde a ruralidade está particularmente presente. São museus (locais) com uma ligação profunda às comunidades em que se inserem e, normalmente, apresentam um espólio (material e imaterial) bastante representativo das suas vivências, cultura e tradições.